Piratas da Informática (Pirates of Silicon Valley, EUA/1999)






Dois jovens correm por um agitado campus universitário. Estamos nos anos 1960 e a contracultura domina o cenário, com toda a sua efervescência. Estudantes enfrentam policiais e bombas de efeito moral soltam fumaça e gases no caminho dos dois jovens, que aparentemente não tem qualquer relação com aquele corpo a corpo das lideranças estudantis com os representantes da lei. Assim que eles chegam ao outro lado das instalações universitárias, com alguns equipamentos debaixo do braço, um deles fala o seguinte: “Eles pensam que estão fazendo a revolução. Nós é que somos os verdadeiros revolucionários.” Era Steve Jobs e, ao seu lado estava Steve Wozniak, o criador do primeiro computador pessoal que seríamos capazes de identificar como tal, o Apple II.


Em outra localidade alguns jovens se entretêm jogando pôquer ou lendo e estudando eletrônica. Entre eles estão Bill Gates e seu braço direito Paul Allen. Também querem revolucionar o mundo com a informática e, de repente, descobrem que alguém, em Albuquerque, criou o que seria o primeiro computador pessoal do mundo, o Altair. Cientes de que não havia tempo a perder, abandonam os estudos e partem atrás dessa máquina e de seu criador para estabelecer um contrato a partir do qual querem vender um sistema operacional que dê vida e possibilidades de uso para o Altair.


Assim se iniciam as histórias de Steve Jobs e Bill Gates e de suas empresas, a Apple e a Microsoft. Jobs partiu para iniciativas que tiveram o apoio de investidores americanos para conseguir capital e criar o Apple II, desenvolvido por Wozniak. Bill Gates fez parcerias e acordos comerciais, inclusive com a IBM, que catapultaram a Microsoft para o topo do mundo na área de informática. Mas como conseguiram isso?


“Piratas da Informática” nos coloca ao lado de Gates, Jobs, Wozniak e Allen [entre outros personagens dessa história] para que consigamos entender como, quando e o que significou para o mundo a revolução desses “piratas” que se tornaram reis no Vale do Silício [Califórnia], desbancando a IBM e abrindo alas para a revolução da informação no mundo virtual. Um filme obrigatório para entender um pouco melhor os últimos 30 anos e, provavelmente todo o futuro que virá...


Por João Luís de Almeida Machado

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