Quero ser grande (Big, EUA/1988)



Josh (David Moscow) é um menino de 12 anos que vive com a família numa confortável casa de classe média em uma típica cidade norte-americana. Ter essa idade implica, no entanto, em algumas atribuições e compromissos que aos seus olhos parecem bastante desagradáveis. Cuidar da irmã menor, fazer tarefas escolares ou ajudar na arrumação da casa são realmente deveres chatos tanto para ele quanto para qualquer garoto na pré-adolescência.

O melhor seria chegar logo a idade adulta e usufruir de todas as facilidades relativas à maioridade. Ter sua própria conta bancária, chegar em casa a hora que desejar, assistir qualquer programa da televisão, não ter que fazer tarefas de matemática, não ter que pajear irmãos menores,... E o melhor, quem sabe até mesmo conseguir chamar a atenção da menina com a qual paquera na escola...

Seu sonho distante está prestes a acontecer... Sua ida a um parque de diversões com o melhor amigo Billy (Jared Rushton) o coloca em contato com uma máquina caça-níqueis em que ele pode fazer um pedido que, como parte da brincadeira, irá se realizar. E nesse momento Josh deseja ser grande, antecipar a fase adulta de sua vida...

Tudo termina como começou... A máquina não realiza naquele momento a mágica transformação e Billy volta para casa, se esquecendo no trajeto de retorno, do pedido que havia feito.

Na manhã seguinte, ao levantar-se para ir para a escola e ir ao banheiro, depara-se no espelho com outro Josh (Tom Hanks, em brilhante atuação), já adulto, como ele desejara no dia anterior na máquina caça-níqueis do parque de diversões.

Sua mãe não entende nada e o expulsa de casa, imaginando tratar-se de um marginal que invadiu seu domicílio e que estaria ameaçando seus filhos. Josh cai no mundo e vai para Nova Iorque, onde passa a trabalhar como assistente numa grande fábrica de brinquedos... Está entrando no mundo dos adultos, no corpo de uma pessoa crescida, mas sua cabeça continua sendo a de um menino de 12 anos...

Fábula moderna inteligente, sensível e divertida, “Quero ser grande” se tornou um clássico para milhões de espectadores, além de definitivamente promover Tom Hanks para a galeria dos grandes astros de Hollywood. É filme para ver e rever, rir e chorar, uma produção de primeiríssima. Imperdível!

Por João Luís de Almeida Machado

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