Remy é um simpático ratinho do campo que pertence a uma grande comunidade de roedores como ele. A natureza desses animais os leva a buscar constantemente a sua sobrevivência buscando alimentos no lixo e em restos deixados de lado pelos humanos. Nem sempre esses recursos estão bons para o consumo e, em alguns casos, estragados ou até mesmo envenenados, causavam baixas entre os ratos.
Mas Remy desenvolveu um talento nato, pouco peculiar para animais de sua espécie, através do qual consegue discernir pelo olfato, a qualidade dos alimentos – inclusive se são ou não próprios para o consumo. E como esse descendente moderno do Mickey Mouse chegou lá?
Aprendendo a ler para devorar o livro de Chef Gusteau – o mais renomado cozinheiro francês (ao menos no filme), assistindo programas de gastronomia na televisão de uma velha senhora que morava nas proximidades de sua comunidade de ratos, remexendo as prateleiras de especiarias e na despensa de alimentos dessa mesma residência,... Em suma, tudo aquilo que nenhum de seus parentes do reino animal faziam, já que só se preocupavam em sobreviver...
E, principalmente, provando os mais diversos sabores, isolados ou combinados...
Mas um dia... Descoberto pela dona da casa onde fez todas essas pesquisas e experimentos, e sob a mira de uma calibrada espingarda, Remy e seus amigos e familiares são colocados para correr a toda a velocidade para salvar suas peles (pernas para que te quero!).
E depois de uma jornada das menos gloriosas pelas águas de um esgoto local, Remy acaba se separando de seus iguais e vai parar num local que ainda não conhece bem por nunca ter estado lá, mas do qual já tem informações por ter lido e assistido televisão... A capital mundial da gastronomia (e da França), Paris...
Melhor do que isso impossível... Ainda mais que o ratinho azul, por acaso (obra e arte do cinema), acaba chegando ao restaurante de ninguém menos que Chef Gusteau, seu mentor. É nesse outrora ultra-estrelado estabelecimento que ele conhece Linguini, Skinner, Collette, o crítico gastronômico Ego e companhia limitada...
E é nesse ambiente que ele terá que provar a todos e, principalmente a si mesmo, que realmente é possível a qualquer um aprender a cozinhar com qualidade e talento... “Ratatouille” é diversão de primeira, prato cheio para todos os públicos e não apenas para as crianças ou os aficcionados em gastronomia... Bon apetit!
Por João Luís de Almeida Machado
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