Uma Aventura na América Selvagem (Wild America, EUA/1997)







Uma câmera na mão e várias idéias na cabeça. Essa era a vida dos irmãos Stouffer. Entre aulas e compromissos domésticos (que incluíam trabalhos na oficina de carburadores do pai), os meninos se aventuravam com uma pequena câmera Super 8 e filmavam as mais malucas, divertidas e perigosas cenas que conseguiam elaborar. Sempre sobrava para o caçula, Marty, o papel de destaque nessas filmagens que incluíam corridas, saltos, explosões e tantos outros momentos de pura emoção e adrenalina.





A diversão era apenas o começo. O apego a câmera e as filmagens começou a crescer de tal modo que a disponibilização de um equipamento profissional (uma câmera de 16 mm) na loja da pequena cidade em que viviam fez com que as brincadeiras fossem substituídas por um projeto mais sério, que visava a profissionalização e o encaminhamento dos garotos para a produção na área de documentários para a televisão.





Mas, o que deveriam filmar?





Mark, Marshall e Marty pensaram então numa outra área de interesse deles que realmente teria impacto e despertaria a atenção do público e de empresas do setor para suas realizações, ou sejam, filmes sobre animais selvagens. Fizeram levantamentos nos livros que tinham em mãos e resolveram focar suas câmeras em espécimes que corriam o risco de extinção. Talvez as imagens desses animais prestes a desaparecer valessem os riscos e compensassem os investimentos.





Com um carro velho, recursos limitados no bolso, alguns víveres e agasalhos no bagageiro resolveram realizar seus sonhos. Para isso tiveram que enfrentar a oposição de seu pai e tantos outros obstáculos, muito reais, em que suas vidas estiveram a risco por pouco, muito pouco...





Monteiro Lobato dizia que as realizações humanas advém da loucura e dos sonhos e é justamente dessa ousadia dos irmãos Stouffer que surge uma heróica e vitoriosa história real que pode, muito bem, servir de incentivo para muitas pessoas...





Por João Luís de Almeida Machado

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