Vatel (Gerárd Depárdieu, um especialista em personagens históricos) é o cozinheiro e mestre de cerimônias do Príncipe Condé (Julian Glover), nobre general francês que tem a difícil incumbência de receber a visita do rei Luiz XIV (Julian Sands) e de toda a sua corte. A época não poderia ser menos propícia para a chegada dos nobres parisienses já que Condé passava por dificuldades financeiras e teria que se endividar ainda mais para poder receber adequadamente (com luxo e sofisticação) ao rei e seus convidados.
Sua sorte reside no fato de que possui, em Vatel, não apenas um inspiradíssimo conhecedor das artes culinárias, mas também um criativo aliado para a elaboração dos espetáculos artísticos que deveriam entreter os ilustríssimos visitantes. Para Condé poderia ser uma importante oportunidade de aproximação em relação ao rei, prestes a declarar guerra aos holandeses e necessitando do auxílio de militares seguros e vitoriosos. Essa aproximação poderia inclusive auxiliá-lo no pagamento de suas dívidas.
Ganhar a confiança do rei passava necessariamente por banquetes e espetáculos impecáveis, totalmente a prova de erros e em busca de aprovação e satisfação do monarca e de seus seguidores mais próximos.
Para Vatel, no entanto, a aproximação da nobreza parasitária que rodeava o rei significava o contato com pessoas pelas quais tinha verdadeiro desprezo. Nada via de nobre na atitude daquelas pessoas. Sabia, porém, que deveria se esforçar para que Condé, por quem tinha grande estima pudesse superar seus problemas. Para complicar sua situação, Vatel acaba se interessando por uma jovem cortesã chamada Anne de Montausier (Uma Thurman, que já havia atuado em outro filme de época de grande repercussão, "Ligações Perigosas") que está despertando a cobiça de ninguém menos que o Rei Sol. Como Vatel poderia desatar os nós nos quais se via amarrado?
Por João Luís de Almeida Machado
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