Clássico da ficção científica que lançou o diretor James Cameron ao estrelato e lhe permitiu produzir e dirigir outros filmes de sucesso [como “Titanic”] “O Exterminador do Futuro” é um filme que precisa ser visto e revisto. Tive essa chance há poucos dias atrás… É o tipo de filme que conseguiu unir ação de primeira [com efeitos especiais que impressionam para a época do seu lançamento] a uma trama muito bem amarrada e que nos deixa sempre a pensar, nos instiga a refletir.
As questões principais referem-se, certamente, a relação entre os homens e a tecnologia. No futuro os sistemas informatizados transformam-se de aliados em inimigos da humanidade. O advento da Inteligência Artificial lhes dá poder e autonomia, força e ímpeto para desafiar a prevalência dos homens na Terra. A humanidade começa então a ser destruída e, alguns poucos sobreviventes são usados como escravos. Os que se rebelam são perseguidos e, literalmente, exterminados pelas máquinas.
Entre os rebelados há um carismático líder de nome John Connor. Como as máquinas não conseguem exterminá-lo, criam um plano de evitar que ele venha mesmo a existir e, para que isso aconteça, enviam um robô de última geração, totalmente assemelhado a um ser humano [Arnold Schwarzenegger, em seu melhor papel no cinema], ao passado, exatamente ao ano de 1984, para matar o mal pela raiz, ou seja, matando a mãe do futuro líder, Sarah Connor [Linda Hamilton].
Para que isso não aconteça, John Connor envia ao passado um de seus melhores combatentes, Kyle Reese [Michael Biehn], que tem como missão proteger a vida de Sarah desse ser cibernético praticamente indestrutível que voltou no tempo, como ele. É, certamente, um dos melhores filmes do gênero em todos os tempos.
Com “O Exterminador do Futuro” somos desafiados a pensar os passos que estamos dando em direção ao amanhã. Ao nos mostrar que podemos estar apenas alimentando o ciclo da seleção natural das espécies, preconizado por Charles Darwin, com a criação de uma nova espécie, formada por seres cibernéticos [eletro-mecânicos] que irá suplantar nosso domínio nesse planeta.
O tema é recorrente e já deu outros ótimos frutos nas telas dos cinemas, como “Blade Runner”, “Eu, Robô”, “A.I. – Inteligência Artificial” ou mesmo “Matrix”. O que o filme de Cameron nos traz de diferente é uma amostragem do que poderemos estar fazendo em alguns anos com o rápido desenvolvimento tecnológico que estamos realizando, como por exemplo, a própria Inteligência Artificial, robôs cada vez mais parecidos com seres humanos, a ampliação das capacidades desses seres cibernéticos… E o mais interessante é que o filme é de 1984, ou seja, foi produzido há mais de 20 anos…
Por João Luís de Almeida Machado
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