Pacto Sinistro (Strangers on a train, EUA/1951)



Sabe o crime perfeito, aquele sonhado por larápios e também por escritores, capaz de ludibriar até mesmo ao mais esperto de todos os policiais ou investigadores? Pois é, em “Pacto Sinistro” o personagem Bruno (Robert Walker, ator que morreu precocemente em 1951) pensa ter encontrado a fórmula e, o acaso (será mesmo) o faz encontrar numa viagem de trem com aquele que lhe parece o parceiro ideal para realizar esta façanha, o jogador de tênis Guy Haines (Farley Granger, um dos ídolos dos anos 1940 e 1950).

Esta produção da Warner Brothers, dirigida pelo mestre do suspense, Alfred Hitchcock e que conta com a participação no elenco de apoio de sua filha Patrícia Hitchcock, é certamente um daqueles grandes filmes antigos, em preto e branco, que nos fazem superar qualquer preconceito que tenhamos com a Sétima Arte de outrora.

“Pacto Sinistro” é envolvente e seduz ao público por conta de seu roteiro muito bem costurado (escrito, entre outros, pelo mestre da literatura policial Raymond Chandler, com o apoio de Czenzi Ormonde e Ben Hecht), da convincente atuação do elenco principal e, em especial, pela mão firme e certeira do diretor Hitchcock (Que aparece em cena, entrando num trem, carregando um instrumento musical e quase se chocando com o personagem Guy Haines).

Quanto ao crime perfeito, qual é a fórmula? Parece simples demais, mas é preciso apenas não cometê-lo, para ser mais exato, é necessário tão somente trocar de lugar com alguém que também tenha o ensejo de cometer o homicídio mas que, para não despertar suspeitas, se disponha a cambiar crimes… Agora, para melhor compreender esta fórmula, se surpreender com o desenlace da história e se divertir com cinema de primeiríssima, a recomendação é… Assista a “Pacto Sinistro” e confira você mesmo como (e se é possível) realizar o tal crime perfeito…

Por João Luís de Almeida Machado

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